terça-feira, 18 de agosto de 2020

Amar e servir: um legado de vida

Sempre escrevi muito sobre os ensinamentos que meu avô Luiz me deixou. Hoje vai ser diferente!

Hoje, 19 de agosto, é um dia especial! Como todos os dias são especiais por algum motivo que às vezes nos escapa. Mas este é um dia de fé, amor, firmeza e vontade de servir e mudar as coisas! Hoje é um dia especial para quem faz e fez da vontade de servir ao próximo um lema de vida.

AMAR E SERVIR A IGREJA FIRMES NA FÉ!

Em tempos de tanta polarização, de tanto ódio que parece inundar redes sociais - e aqui vale lembrar que elas sempre foram feitas para unir e não desagregar - de tanta dor e tristeza pelas vidas perdidas nessa pandemia, em tempos difíceis a lembrança do amor e da fé são sempre motivo de muito alegria! 
E hoje são 56 motivos para celebrar. Fazem 56 anos que 80 pessoas se uniram pelo bem, pela caridade, pelo amor de Cristo na fé e na irmandade da Congregação da Doutrina Social Cristã da cidade de Alto Longá no Piauí!



Eu confesso, até para não cometer qualquer pecado em momento tão solene, que nunca fui muito da igreja. Verdades podem ser interessantes e me pergunto agora porque então celebrar 56 anos de uma congregação? Eu nunca fui de ir à igreja mas minhas avós sempre foram. E eu, vez ou outra de férias, as acompanhei na reza semanal quando estava com elas. Adoro os rituais, os fazeres e os saberes da fé. Mas mais ainda tenho um carinho danado por esse nosso Senhor Jesus Cristo tão esquecido nos tempos atuais e tão necessitado de nossas lembranças.

Então entendo que hoje é obrigatório celebrar esse aniversário para lembrar do amor! O amor, o trabalho em prol dos mais necessitados, a caridade, a fé e tudo que une e agrega que precisa ser lembrado em tempos difíceis. E vivemos tempos difíceis! Já são mais de 107 mil vidas perdidas no Brasil. No amado Piauí, da minha maravilhosa vó Osima, já são mais de 1600 pessoas que perderam a vida e mais de 65 mil que ficaram doentes. Amor e fé são essenciais quando a vida sofre tanto, quando a esperança se abala, quando a dor aflige. Tempos difíceis pedem remédio simples: AMAR E SERVIR...

Talvez, se nos lembrássemos mais de tudo isso, as coisas pudessem ficar mais leves nesse momento difícil. E foi por isso que resolvi escrever e dizer com todo amor e carinho que carrego no coração as palavras que tantas vezes minha avó, Osima Rodrigues Bacelar de Miranda, repetiu: 
AMAR E SERVIR A IGREJA FIRMES NA FÉ!

O lema da Congregação da Doutrina Social Cristã uniu minha avó e aquelas outras 79 pessoas que juntas criaram essa congregação naquele difícil ano de 1964. Verdade que não tínhamos uma pandemia, mas tinha a fome, a miséria e as dores do sertão que minha avó junto àquelas pessoas queria ajudar a amenizar.

Amar e servir eram mais que palavras bonitas. Amar e servir eram e ainda são o rejunte, o cimento, a cola, o elo, a conexão entre as pessoas que fazem a Congregação da Doutrina Social Cristã de Alto Longá. Minha avó Osima era uma das 80 pessoas que fundaram a congregação em 19 de agosto de 1964 e foi sua primeira vice-presidente. Hoje a congregação segue os caminhos da minha avó sob a direção cuidadosa da atual presidente Angelina Fernandes da Silva Moraes. Eu não conheço de perto, no dia a dia o trabalho que fazem, tenho apenas as memórias das palavras carinhosas da minha avó: "o bem minha filha, a gente sempre quer fazer o bem." O objetivo dessas mulheres que sempre fizeram e fazem a congregação era e ainda é um só: servir com amor, fé e dedicação aos trabalhos sociais da igreja fazendo pelo outro o bem que Cristo sempre ensinou.
Minha avó homenageada por congregadas nos 50 anos da congregação


Minha avó celebrando 50 anos da congregação

Minha avó no meio das congregadas

Amar e servir, palavras que eram para minha avó não um lema mas a própria essência da vida! A história da minha avó é a história da mulher sertaneja que ama a família a vida, as outras pessoas sem qualquer distinção e quem tem fé, muita fé. A minha avó era puro amor e acolhimento, algo que permanece vivo nas mulheres que ainda insistem em fazer o bem sem olhar a quem como Jesus ensina.
O pão compartilhado, o amor dividido, os sonhos realizados... 56 anos de trabalho, amor e fé, tudo o que hoje precisa ser resgatado!

Por isso resolvi fazer esse texto não apenas para dizer parabéns à Congregação da Doutrina Social Cristã de Alto Longá no Piauí, mas principalmente para resgatar no meu coração os valores que minha avó Osima carregou na vida como sua própria essência e sua azão de viver: AMAR E SERVIR! E, usando as palavras de Gilberto Gil, na fé que a fé não costuma falhar!

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Sobre sonhos, bichos e amor!

Há um tempo atrás divulguei para meus familiares e amigos que estava caminhando para a realização de um sonho.

E, por mais estranho que possa ser para algumas pessoas entender algo assim, sonhos não se realizam como em contos de fadas!

Na maioria das vezes precisamos fazer muito mais do que mágica e negociações com nossa fada madrinha, precisamos de apoio para alcançar realizações.

Ainda tenho uma infinidade de sonhos como por exemplo ter filhos, saltar de paraquedas, fazer minhas exposições fotográficas, escrever muito mais, virar professora, me tornar uma cozinheira de verdade, ser sommelier, escrever uma letra de música, aprender a desenhar, ver minha avó chegar aos 100 anos, publicar muito mais e tantos outros que não consigo relatar todos. Mas são apenas sonhos...

Lembro de minha vovOsima que foi uma das primeiras a acreditar nessa infinidade de sonhos que carrego. Ela me disse certa vez que sonho é apenas o nosso coração gritando quem somos. Ela sempre teve razão!
O cachorro praiano que encantou minha vovOsima!
Com toda essa razão, minha avó foi uma das primeiras pessoas a me dizer que eu deveria publicar um livro com minhas fotos de bichos. Ela viu certa vez uma foto que fiz de um cachorro na praia. Essa foto estava entre outras de uma viagem que fiz ao Nordeste e ao vê-la minha avó falou: parece gente me falando como é bom viver na praia! Eu respondi que tinha certeza que era isso que ele tinha me dito e que eu havia transformado em poesia. Ela me ouviu dizer a poesia pra ela e falou: um completa o outro. Suas fotos e suas palavras merecem um livro.

Eu apenas sorri! Naquele momento ela não sabia mas estava me dando toda a força que eu precisava para as fotos virarem algo mais! Ainda naquele distante março de 2007 ela me disse também que meu avô Luiz adoraria fazer parte do livro se ainda estivesse bem na hora que eu fosse fazê-lo. Ela também tinha razão nisso. Infelizmente meu avô faleceu naquele ano e nunca consegui que minhas lentes o captassem cercado dos felinos que ele tanto amava!

O tempo passou e um pouco antes da morte do meu avô conheci a minha mulher, uma inveterada apaixonada por bichos. Tão apaixonada que cuida de todos que consegue. São Francisco é seu santo preferido! Os animais sua melhor companhia. E ela nisso ainda lembra outra pessoa que é fundamental na minha vida. A minha avó Ana tem nos seus cachorros os companheiros fiéis na sua luta para chegar aos 100 anos! O amor vira-lata se tornou uma certeza que elas sempre trouxeram para minha história. Tão cercada de tudo isso foi impossível não buscar nas imagens e nas palavras uma tradução do que são para mim os vira-latas da vida! Fazer um livro foi só um detalhe!
Regina mudou minha vida com tanto amor pelos vira-latas!
No livro trago um pouco daquele olhar poético que minha avó Osima encontrou antes de mim. Trago o amor instigante, diferente e corajoso do meu avô Luiz pelos felinos e pelos animais que lutam pela vida nas ruas. Trago o cuidado e o afeto tão constantes na minha mulher Regina e na minha avó Ana, que fazem dos companheiros animais companhias de vida. Trago o respeito e a vontade de viver que os vira-latas e brasileiros compartilham. Trago um sonho que ganhou nome e história. Trago o Amor Vira-lata!

E porque trago tudo isso quero fazer desse sonho a construção de muito mais! Quero não apenas publicar um livro, quero lançar uma ideia, quero sonhar junto, quero fazer diferença. Por isso quero contar com você para juntos realizarmos não apenas o meu sonho mas mudarmos um pouco do mundo. Escolhi para isso a colaboração e a construção coletiva. Com o apoio de amigos, familiares, sonhadores e idealistas quero publicar o livro com a sua contribuição e poder com isso torná-lo uma obra de todos que lutam pelo combate à violência e ao abandono dos animais. Vamos juntos fazer um sonho virar realidade?

sexta-feira, 27 de março de 2015

Sensor de luz, nosso filme fotográfico atual

O sensor de luz é o filme fotográfico das máquinas digitais. Antigamente as máquinas fotográficas registravam as fotos com a gravação da luz em filmes. Os filmes desenhavam a imagem a partir da quantidade de luz para receber versus a recebida. Atualmente com as câmeras digitais, as imagens ficam armazenadas "na memória", mas o princípio da luz continua muito semelhante ao do filme. E a diferença aqui está no fato de que a captação da imagem, antes no suporte filme, agora acontece no suporte chamado Sensor de Luz.

O sensor de luz é um componente eletrônico da máquina fotográfica que recebe a imagem fotografada e converte essa imagem em pixels, um tipo de formato em arquivo digital que será armazenado na memória da máquina ou do cartão fotográfico. Ao contrário do filme, nós não tocamos no sensor, mas ele fica na mesma posição em que ficava o filme antes. E é fácil nos lembrarmos que quando tirávamos a foto o filme rodava, trazendo para o centro o espaço vazio para a próxima imagem. Esse princípio se mantém e quando fotografamos hoje o sensor não "roda", mas manda a foto para o processador e a câmera fica pronta para a próxima imagem a ser captada.

Mas então todas as máquinas tem sensores iguais?! Não! Existem dois tipos básicos de sensores (CCD e CMOS) que se diferem pela tecnologia utilizada em cada um. Mas na prática entre eles não existe uma diferença significativa no resultado final, a não ser em situações de muito pouca luz (CCD se sai melhor) e no consumo de bateria (CMOS se sai melhor). Além das tecnologias, os sensores se diferenciam também pelos tamanhos de cada um. Eles podem ser Fullframe ou Crop. E nesse caso tamanho é sim "documento".

O tamanho do sensor é na verdade o que fará a grande diferença nas fotos e na qualidade da máquina escolhida. Quanto maior o sensor de luz, maior será a nitidez e a qualidade da imagem final. Para explicar melhor vamos imaginar uma mesma imagem feita com duas câmeras iguais que tenham apenas o sensor diferente. O sensor maior capta mais imagem do que o menor, ou seja um tamanho, um espaço maior de imagem. Um exemplo visual bem bom pode ser visto no Dicas de Fotografia. A esse corte que tira laterais da imagem damos o nome de Fator de Corte, muito bem explicado no texto do link.

Sensor ao fundo
E é esse espaço não fotografado que faz diferença nas famosas câmeras full frame. Elas possuem sensores de 35mm, equivalente às câmeras de filmes em rolo 35mm que são usadas inclusive para filmes cinematográficos. Tradução simples: uma câmera full frame é para quem vai tirar fotos para outdoor ou captar imagens que serão expostas em telas no tamanho de telas de cinema.


Você pode me perguntar: e as câmeras maiores que full frame, existem?! Sim! Mas estão tão longe do meu pequeno universo (financeiro e de qualidade fotográfica, hehehe) que nem me arrisco a falar sobre elas.

Por fim, acho importante destacar que a escolha do sensor depende mais do objetivo de suas fotos do que do dinheiro no bolso. De nada adianta investir em uma fullframe para fotos de família, porque você nunca vai fazer uso integral do tamanho disponível para sua foto. Da mesma forma se o seu objetivo é produção de imagens de grande escala não adianta economizar na máquina e perder na foto! Veja a lista das câmeras e o tamanho do frame:
  • Uma compacta como a Sony Cybershot tem um sensor de 7.2 x 5.3 mm (esse é o tamanho do quadro captado)
  • Uma câmera DSLR como a Canon 20D tem um sensor de 22.5 x 15.0 mm
  • Uma câmera SLR como a Nikon D5100 tem um sensor de 23.6 x 15.6 mm
  • Uma câmera como a Canon 5D Mark II tem um sensor de 36 x 24 mm - full frame
  • Uma câmera como a Nikon D3X tem um sensor de 35.9 x 24 mm - full frame
E lembre-se sempre que uma máquina precisa de lentes e se uma full frame é cara, as lentes dela também são. Mas a verdade é que nada dessa conversa fará qualquer diferença se quem estiver por trás da câmera não souber usar a técnica e/ou o coração!