Quando pensamos em Fotografia e nos seus princípios básicos, normalmente nos concentramos em entender uma foto como um desenho de luz. Assim, a foto é a representação de algo feito a partir de uma pintura ou um desenho, mas feito com luz. Talvez os Jedis e seus sabres fossem capazes de decifrar melhor essa questão.
Entrada do Jardim Botânico no Rio baixa luz |
Nesse contexto podemos definir que a luz e a ILUMINAÇÃO são a alma da fotografia, o pincel com o qual o artista da máquina elabora sua obra. Entender esses princípios é o primeiro caminho para uma boa foto. Mas como utilizar os pincéis de que um fotógrafo dispõe. Como prever, calcular e fazer nossas fotos com a exata quantidade de luz necessária para o que queremos transmitir.
Mais luz na entrada do Jardim Botânico do Rio |
O primeiro ponto é entender os mecanismos que regulam a luz na máquina. Assim como nossos olhos que se abrem e fecham para a claridade a máquina dispõe de mecanismos semelhantes. Eles funcionam como nossas pálpebras, retinas, íris etc. Também como nossos olhos as máquina possuem lentes, filtros e outros equipamentos semelhantes aos nossos óculos escuros, lentes de contato e outros mecanismos que controlam a quantidade de luz que nossos olhos absorvem.
Ao longo das nossas próximas postagens vamos entender um pouco melhor cada um desses mecanismos e como utilizá-los. Vamos começar pelo obturador, depois falaremos do diafragma, do ISO, da velocidade ou tempo de exposição, das lentes, dos filtros e por fim do flash e das luzes de estúdio.
Mas antes de tudo isso, precisamos falar um pouco sobre a luz que queremos captar, a imagem que queremos transmitir. Uma imagem mais escura pode transmitir sobriedade, medo, receio, vazio, solidão. Uma imagem mais clara pode ser a tradução de algo mais vivo, mais alegre, mais intenso e ao mesmo tempo menos sério, menos rígido. Essa decisão independe da mecânica e dos equipamentos da máquina. É uma escolha do fotógrafo. É preciso saber qual mensagem queremos transmitir.
A escolha inicial que se faz a partir da mensagem que queremos transmitir é o primeiro passo para a escolha da iluminação necessária de uma foto. Se queremos destacar a aridez de um local, a claridade ajuda nessa sensação de seca enquanto as sombras traduzem o sentimento opressor que a seca nos causa. Uma mesma imagem mais clara traduz um sentimento diferente daquela mesma imagem mais escura.
Aqui no blog já falamos um pouco sobre essa difícil escolha no post Entre a luz e a escuridão. Entender o que queremos já é meio caminho para nos ajudar. Só depois podemos escolher melhor quais ferramentas e como utilizar cada uma delas. Os passos seguintes nós veremos aqui nos próximos dias.
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