Na última semana resolvi olhar quanto custaria IPVA e outros pagamentos obrigatórios para um carro andar. Começo a desconfiar que Danuza Leão tenha razão ao abolir esse meio de transporte de sua vida. E para minha surpresa descobri que quase um ano depois uma multa da qual recorri foi finalmente excluída do rol das minhas multas. Argumentação deles: a imagem realmente não possibilita confirmar o veículo. Como é que é?!!!! Sim, eu sabia que não era meu carro apenas porque eu não estava em Brasília no dia, mas o Detran teve a audácia de me multar por algo que eles achavam que era o meu carro que talvez estivesse infringindo uma norma?! Isso me acendeu um farol (e alto!). Como pode o Detran decidir fazer uso de imagens para multar motoristas se não pode acreditar nessas imagens?
Bem, decidi então rever todas as minhas multas e qual não foi minha surpresa quando descobri que aproximadamente 20% delas não existiram e eu paguei indevidamente (porque não me atentei para a hora exata, local exato e/ou dia exato, incluindo minutos que fazem a diferença). Eu sou totalmente favorável a câmeras vigiando as pistas, já que não podemos confiar nos guardas de trânsito, que são insuficientes e/ou não dão conta do recado (pelo menos é o que dizemos ao aceitar as câmeras); mas daí a aceitar que me enganem, com imagens fajutas ou no mínimo suspeitas, é demais.
E é nesse ponto que entra o questionamento: como são registradas as imagens que geram nossas multas? Como essas imagens são processadas, lidas, vistas, retransmitidas, impressas, apresentadas? Prometo responder esses questionamentos em novo post.
Multa é algo tão sério que deveria não gerar qualquer dúvida em seu teor. Em outros países a coisa é tão grave que a multa chega rápido ao multado e é paga rapidamente porque ninguém duvida que cometeu a infração. Mas num país onde os humanos não são confiáveis, como confiar nas máquinas por eles geridas?!
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