Cartaz do filme A Árvore da Vida |
Ontem assisti ao filme (para mim entre o excelente e o formidável) A Árvore da Vida. E a julgar pelos demais espectadores na sala, poucas pessoas ostentam o parêntese acima. Com pouco mais de 20 minutos de filme saiu o primeiro casal, mais dez minutos e em meio a risinhos de um grupo de mocinhas interessadas em algo mais “Onze Homens e um Segredo” saiu um homem e mais um casal. Pouco mais de uma hora de projeção e um terceiro casal desistiu, minha companheira dormia em meio às cenas lentas e longas e eu parecia ser a única interessada no que acontecia na tela.
Fim do filme. Descobri que mais algumas pessoas (uma moça à frente, um casal atrás, um homem no fundo do cinema) ostentam também o parêntese anterior a esse. Comecemos então pelos motivos das mocinhas: o filme tem Brad Pitt e Sean Penn encabeçando o elenco. Em entrevista Sean declarou que a montagem acabou com o filme. Simples, a montagem tirou 70% das cenas gravadas por ele e tornou seu personagem quase desnecessário. Ele interpreta Jack adulto, mas sinceramente o poço de amargura em que ele se transformou ficou claro em cada segundo da fabulosa interpretação do jovem que faz Jack adolescente. Mas é ele, o Jack adulto capaz de decifrar sentimentos e filosofar que cria o espetáculo que vivenciei!
Brad Pitt prova que sabe fazer cinema e dá vida a um pai que muitas vezes lembra O Pai da Santíssima Trindade (ama Seus filhos e exatamente por isso quer fazê-los melhor que Ele, não apenas à Sua imagem e semelhança, mas Sua evolução). Ele é o “pai que nos machuca” e que sequer conseguimos entender o motivo. Ele bem que tenta responder com palavras tão duras quanto gentis: “desculpa”, “queria torná-los mais fortes, melhores que eu”, “amo você”. Mas ainda questionamos e ainda sentimos as dores por Ele causadas!
Para completar o filme é pura contemplação e sentimento! Big Bang, explosões, vulcões, embriões, células se fundindo, a comunicação entre todos os seres – incluindo dinossauros – e uma singela contribuição para as respostas das perguntas que dão título a esse post.
Contemplação autorretrato por Mariana Tavares |
Isso nos leva a uma obrigatória desconstrução. Se não tenho perguntas e só respostas, então agora me cabe achar que pergunta cabe em cada resposta! Encontrei singelas contribuições para responder às perguntas do título deste post. E você encontrou as perguntas das suas respostas. E lembre-se de não tentar entender, apenas sentir a profusão de imagens que querem exatamente isso: desconstruir seu jeito de sentir o cinema.
Aos que querem saber se recomendo, digo: se você quer filosofar e sentir, sim! Se você quer se divertir, talvez Onze Homens e um Segredo seja a melhor opção do Brad Pitt! Aqui a melhor crítica que li do filme.
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